segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Um breve excerto...

(…) Pouco mais que trinta segundos. Alex deu entrada no bloco operatório. Foi monitorizado e entubado. Alguns segundos mais e estava pronto a ser intervencionado.
De imediato um dos assistentes preveniu:
– Tensão arterial a 90/60.
– Quatro unidades de sangue. – Pediu o cirurgião-chefe.
Algum tempo depois, inquietado, o cirurgião-chefe revelou:
– Está pior do que pensávamos… Olha! A probabilidade de voltarmos a ver uma coisa assim é ínfima.
– Incrível. Como é possível algo assim? – Questionou o outro cirurgião. – A bala está a milímetros do coração. – Exclamou espantado.
– Mãos firmes e conseguimos retirá-la. – Garantiu o cirurgião-chefe.
Mais algum tempo e subitamente o monitor de frequência cardíaca começou a apitar. Todos os olhares se direccionaram para ele.
– A tensão continua a baixar. Está agora em 80/50. – Avisou alarmado o assistente.
– Vai entrar em paragem cardiorrespiratória. – Revelou o cirurgião. – Os eléctrodos, rápido… Gel… Carregar a 150.
– Carregados. – Alguém alertou.
– Afastem-se.
Uns instantes.
– Recuperamo-lo. – Afiançou o cirurgião ao observar que um novo pulsar era visível no coração do inspector.
Momentos depois, o assistente gritou inquietado:
– Não consigo elevar a tensão. Está em 80/40.
– Um miligrama de Epinefrina… Mais sangue. – Solicitou.
– Falta pouco. – Afiançou.
Alguns minutos. O apito soou de novo.
– Perdemo-lo novamente. – Exclamou angustiado o cirurgião-chefe. – Eléctrodos… Gel… Carregar 200…
Afastem-se. – Vociferou uma vez mais.
(…)

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