quarta-feira, 4 de março de 2015

Um breve excerto...



(…) O toque do telemóvel ecoou algures no meio da escuridão.
Ainda sonolento, procurou às apalpadelas na mesa-de-cabeceira.
O número era desconhecido. Virou o olhar na direcção do despertador que marcava cinco e cinquenta e oito da manhã.
– Sim? – Atendeu estremunhado.
«Inspector Alex?» – Perguntou uma voz de homem do outro lado da linha. – «Desculpe, mas temos uma ocorrência na zona do Intendente. É necessária a sua presença.»
– Dentro de meia hora estou aí. – Respondeu.
Piscou por diversas vezes os olhos tentando sair da letargia em que se encontrava. Dirigiu-se à casa de banho onde e após refrescar o rosto com a água fria despertou rapidamente.
Dez minutos e circulava pelas ruas ainda pouco movimentadas.
O sol despontava no horizonte. Riscando o céu nuvens finas de aparência sedosa como se de um fio se tratassem.
Sensivelmente dentro do tempo previsto chegou ao local indicado. A presença de luzes intermitentes de tom azulado confirmou a presença da polícia.
– Inspector. – Disse um agente mal acabara de se apear. – Não vai ser fácil lidar com o que vai encontrar.
Alex mostrou-se surpreso. Furou por entre alguns curiosos que se começavam a juntar, na sua maioria composta por toxicodependentes que predominavam naquela zona da cidade. Era uma ruela imunda.
A meio, alguns agentes circundavam um corpo de mulher prostrado sem vida sobre os paralelos da calçada. (…)
-----------------------------------------------------------------------------------
In “O Herdeiro de Antioquia”, a obra de estreia de Paulo Costa Gonçalves
Encomendas de exemplares autografados e com dedicatória para o email:


Sem comentários:

Enviar um comentário