terça-feira, 10 de março de 2015

Um breve excerto...

(…)
Haviam passado cinco horas desde que tinham chegado a Zamarramala. O pequeno C 2 estava estacionado junto a um dos dois portais, com arquivoltas em colunas, da igreja templária do século XIII de estilo romanesco e planta dodecagonal, cuja construção fora inspirada no Santo Sepulcro em Jerusalém e que se situava junto à estrada a pouco mais de um quilómetro do lugarejo.
No interior, sentado no banco do condutor ligeiramente recostado Alex dormitava. Enroscada no banco ao lado e com a cabeça sobre o seu colo Amélia.
O sol já raiara e batia com alguma intensidade no rosto de Alex acabando por o acordar. Consultou o relógio.
– Sete e cinco da manhã. – Murmurou.
Olhou em volta. No horizonte a alta e elegante torre da Catedral de Santa Maria de Segóvia, construída entre os séculos XVI e XVIII. O estilo gótico tardio e alguns traços de renascentismo impregnavam ainda mais a sua beleza.
«Apetece-me um cigarro, mas preferia comer qualquer coisa primeiro.» – Pensou.
Chamou por Amélia enquanto lhe afagava os cabelos.
– Bom dia. – Disse Amélia por entre um bocejo.
– Bom dia. – Retribuiu Alex dando-lhe um beijo nos lábios.
Amélia abraçou-o.
– Estará alguém na igreja? – Perguntou.
– Parece-me que não. As portas ainda estão fechadas.
– Vamos esperar ou vamos até ao lugarejo?
– Talvez seja melhor irmos. Tenho fome e tu?
– Também tenho.
Percorreram a pé os mil e duzentos metros que distavam da entrada de Zamarramala e quinze minutos depois encontraram uma espécie de pasteléria de nome La Tienda que se encontrava já aberta. (…)
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In “O Herdeiro de Antioquia”, a obra de estreia de Paulo Costa Gonçalves
Encomendas de exemplares autografados e com dedicatória para o email: pcg.paulocostagoncalves@gmail.com

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