quarta-feira, 11 de março de 2015

Um breve excerto...


(…) Amélia ouviu passos a aproximarem-se e uma das portas espelhadas da banheira correu revelando um homem corpulento que aparentava ter uns sessenta anos. Transparecendo alguma surpresa Amélia escondeu os seios com ambas as mãos e soltou um grito. Estupefacto perante o cenário que se lhe apresentava, o homem apressou-se a fechar de novo a porta.
– Peço desculpa.
– Victor tinha-o avisado que a minha bisneta estava a tomar banho. Tenha decência, limite-se a fazer o seu trabalho – Gritou alterado Corte-Real da entrada da porta da casa de banho.
– As minhas desculpas Corte-Real. – Respondeu o inspector enquanto em passos largos abandonava a casa de banho e fechava a porta.
Amélia puxou por Alex e este emergiu por entre a espuma limpando o rosto. Os dois encontravam-se tão próximos que sentiam no rosto a respiração ofegante um do outro.
Alex despiu atabalhoadamente a t’shirt e abraçou Amélia num ímpeto. Puxou-a para si e no peito sentiu os seios firmes de Amélia.
Um arrepio percorreu-lhe o corpo.
Hesitou uma fracção de segundo, olhando primeiro para os carnudos lábios e depois para o olhar meigo de Amélia. Entreabriu os lábios e fundi-os com os de Amélia num beijo apaixonado. Amélia sentiu o beijo daqueles lábios macios e retribuiu entregando-se ao momento,
Lá fora o rebuliço ia-se esvanecendo.
O inspector e os dois agentes não encontraram vestígios de Alex e davam por findas as buscas, abandonando a casa.
Alex e Amélia continuaram de bocas grudadas a partilhar o fascínio daquele singular beijo.
Alguns segundos e encontravam-se numa troca de olhares ternos e intensos.
– Também te amo. – Disse Amélia.
– Como sabes que… – Calou-se.
Amélia soltou uma risadinha.
– Aaah! A tal da psicometria.
– Shiuuuu … – Sussurrou Amélia colocando-lhe os dedos sobre os lábios.
Aproximou-se e sussurrou-lhe docemente ao ouvido enquanto lhe dava uma dentadinha na orelha.
– Faz amor comigo. (…)
-----------------------------------------------------------------------------------------
In “O Herdeiro de Antioquia”, a obra de estreia de Paulo Costa Gonçalves
Encomendas de exemplares autografados e com dedicatória para o email:

Sem comentários:

Enviar um comentário